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domingo, 1 de septiembre de 2024

ENG Message of Indictos 2024

 



† B A R T H O L O M E W

BY GOD’S MERCY ARCHBISHOP OF CONSTANTINOPLE-NEW ROME

AND ECUMENICAL PATRIARCH

TO THE PLENITUDE OF THE CHURCH

GRACE, PEACE AND MERCY FROM THE MAKER OF ALL CREATION

OUR LORD GOD AND SAVIOR JESUS CHRIST

* * *

 

Most reverend brother Hierarchs and beloved children in the Lord,

 

            Thirty-five whole years have lapsed since the Holy and Sacred Synod of the Ecumenical Patriarchate established September 1st, the Feast of the Indiction and opening of the ecclesiastical year, as a Day of Prayers for the Protection of the Natural Environment. This blessed initiative had a great resonance and borne bountiful fruit. The multidimensional ecological activities of the Holy Great Church of Christ today center around the phenomenon of climate change—or rather, the climate crisis—which has caused a “planetary state of emergency.”

            We appreciate the contribution of the environmental movements, the international agreements for the environment, the related engagement on the part of scientists with this problem, the contribution of environmental education, the ecological sensitivity and mobilization of countless people and especially representatives of the younger generation. However, we insist that what is needed is an axiological “Copernican turn,” a radical change of mentality globally, a substantial revision of the relationship between humankind and nature. Otherwise, we will continue to treat the catastrophic consequences of the ecological crisis, while leaving intact and active the roots of the problem.

            The environmental threat is a dimension of the extended crisis in contemporary civilization. In this sense, confronting the problem cannot be successful on the basis of the principles of the same civilization, of the rationale behind it, which created it in the first place. We have repeatedly expressed our conviction that churches and religions can contribute significantly to a vital spiritual and evaluative conversion for the sake of the future of humanity and the planet. Genuine religious faith dissolves the arrogance and titanism of humankind, inasmuch as it constitutes the embankment of its transformation into a “man-god,” who abolishes all standards, boundaries, and values, while declaring himself “the measure of all things” and instrumentalizing both his fellow human beings and nature for the satisfaction of his unquenchable needs and arbitrary pursuits.

            The centuries-long experience teaches us that, without an “Archimedean” spiritual and evaluative support, humanity cannot avoid the risks of a nihilistic “anthropologism.” This is the legacy of the classical spirit, as articulated by Plato through the principle that “God is the measure of all things for us” (Laws 716c). This understanding of humanity and its responsibility through its relationship with God is expressed through the Christian teaching about the creation of Adam “in the image of God” and “according to His likeness,” as well as about the assumption of human nature by the incarnate pre-eternal Word of God for our salvation and the renewal of all creation. The Christian faith recognizes the supreme value of humanity and creation alike. In this spirit, then, respect for the sacredness of the human person and the protection of the integrity of the “very good” creation are inseparable. Faith in the God of wisdom and love inspires and supports the creative forces of humankind, strengthening it in the face of challenges and trials, even when overcoming these appears humanly impossible.

            We have struggled and still strive for an inter-Orthodox and inter-Christian collaboration for the protection of humanity and creation, as well as for the introduction of this subject in interfaith dialogue and common actions of religions. Moreover, we particularly emphasize the need to understand that the contemporary ecological crisis impacts first and foremost the poorer inhabitants on earth. In the document of the Ecumenical Patriarchate, entitled For the Life of the World: Toward a Social Ethos of the Orthodox Church,” this topic is underlined emphatically along with the essential concern of the Church in light of the consequences of climate change: “We must understand that serving our neighbor and preserving the natural environment are intimately and inseparably connected.  There is a close and indissoluble bond between our care of creation and our service to the body of Christ, just as there is between the economic conditions of the poor and the ecological conditions of the planet.  Scientists tell us that those most egregiously harmed by the current ecological crisis will continue to be those who have the least.  This means that the issue of climate change is also an issue of social welfare and social justice.” (Paragraph 76)

            In conclusion, we wish you, most honorable brothers and most beloved children, a new ecclesiastical year full of divine blessings and productivity, invoking upon you all, through the intercession of Panagia Pammakaristos, whose wondrous and miraculous icon we honor and celebrate on this day and humbly venerate, the life-giving grace and boundless mercy of the Creator of all and God of wondrous things.  

                                                                                            September 1, 2024

                                                                                          † Bartholomew of Constantinople

Fervent supplicant for all before God

PT Mensagem de Indiktu 2024

 



† BARTOLOMEU

PELA MISERICÓRDIA DE DEUS ARCEBISPO DE CONSTANTINOPLA-NOVA ROMA

E PATRIARCA ECUMÊNICO

À PLENITUDE DA IGREJA

GRAÇA, PAZ E MISERICÓRDIA DO FABRICANTE DE TODA A CRIAÇÃO

NOSSO SENHOR DEUS E SALVADOR JESUS ​​CRISTO

 

* * *

Reverendíssimos irmãos Hierarcas e filhos amados no Senhor,

Trinta e cinco anos se passaram desde que o Santo e Sagrado Sínodo do Patriarcado Ecumênico estabeleceu o dia 1º de setembro como a Festa da Indictus e início do ano eclesiástico, como Dia de Orações pela Proteção do Meio Ambiente Natural. Esta abençoada iniciativa teve grande ressonância e deu abundantes frutos. As múltiplas  iniciativas ecológicas da Santa Grande Igreja de Cristo centram-se hoje em torno do fenômeno das alterações climáticas – ou melhor, da crise climática – que causou um “estado de emergência planetário”.

Agradecemos a contribuição dos movimentos ambientalistas, os acordos internacionais para o meio ambiente, o envolvimento relacionado dos cientistas com este problema, a contribuição da educação ambiental, a sensibilidade ecológica e a mobilização de inúmeras pessoas e especialmente representantes da geração mais jovem. No entanto, insistimos que o que é necessário é uma “viragem copernicana” axiológica, uma mudança radical de mentalidade a nível global, uma revisão substancial da relação entre a humanidade e a natureza. Caso contrário, continuaremos a tratar as consequências catastróficas da crise ecológica, deixando intactas e ativas as raízes do problema.

A ameaça ambiental é uma dimensão da crise prolongada na civilização contemporânea. Neste sentido, o enfrentamento do problema não pode ser bem-sucedido com base nos princípios da mesma civilização, na lógica por trás dela, que o criou em primeiro lugar. Expressamos repetidamente a nossa convicção de que as igrejas e as religiões podem contribuir significativamente para uma vital conversão espiritual e avaliativa, em prol do futuro da humanidade e do planeta. A fé religiosa genuína catalisa a arrogância e o titanismo do homem, na medida em que constitui o fundamento da sua transformação num “homem-deus”, que abole todos os padrões, fronteiras e valores, ao mesmo tempo que se declara “a medida de todas as coisas” e instrumentaliza tanto seus semelhantes quanto a natureza para a satisfação de suas necessidades insaciáveis ​​e atividades arbitrárias.

A experiência secular ensina-nos que, sem um apoio espiritual e avaliativo “arquimediano”, a humanidade não pode evitar os riscos de uma  “antropologia” niilista. Este é o legado do espírito clássico, articulado por Platão através do princípio de que “Deus é a medida de todas as coisas para nós” (Leis  716c). Esta compreensão da humanidade e da sua responsabilidade através da sua relação com Deus é expressa através do ensinamento cristão sobre a criação de Adão “à imagem de Deus” e “segundo a Sua semelhança”, bem como sobre a assunção da natureza humana pelo Verbo encarnado e pré-eterno de Deus para a nossa salvação e a renovação de toda a criação. A fé cristã reconhece o valor supremo da humanidade e da criação. Neste espírito, portanto, o respeito pela sacralidade da pessoa humana e a proteção da integridade da criação «muito boa» são inseparáveis. A fé no Deus da sabedoria e do amor inspira e apoia as forças criativas da humanidade, fortalecendo-a face aos desafios e provações, mesmo quando a sua superação parece humanamente impossível.

Incentivamos e ainda lutamos por uma cooperação interortodoxa e inter-cristã para a proteção da humanidade e da criação, bem como pela introdução deste tema no diálogo inter-religioso e nas ações comuns das religiões. Além disso, enfatizamos particularmente a necessidade de compreender que a crise ecológica contemporânea afeta em primeiro lugar os habitantes mais pobres do planeta. No documento do Patriarcado Ecumênico, intitulado “Pela Vida do Mundo: Rumo a um Ethos Social da Igreja Ortodoxa”, este tema é sublinhado enfaticamente juntamente com a preocupação essencial da Igreja à luz das consequências das mudanças climáticas: “Devemos compreender que servir o próximo e preservar o meio ambiente natural estão intimamente e inseparavelmente ligados. Existe um vínculo estreito e indissolúvel entre o nosso cuidado da criação e o nosso serviço ao corpo de Cristo, tal como existe entre as condições econômicas dos pobres e as condições ecológicas do planeta. Os cientistas dizem-nos que os mais gravemente prejudicados pela atual crise ecológica continuarão a ser aqueles que têm menos. Isto significa que a questão das alterações climáticas é também uma questão de bem-estar social e de justiça social.” (Parágrafo 76)

Concluindo, desejamos a vocês, ilustres irmãos e amados filhos, um novo  e frutífero ano eclesiástico repleto de divinas bênçãos, invocando sobre todos vocês, por intercessão da Panagia Pammakaristos, cujo maravilhoso e milagroso ícone honramos e celebramos neste dia, a graça vivificante e a infinita misericórdia do Criador e Deus de tudo e de todas as coisas maravilhosas.  

1º de setembro de 2024

† Bartolomeu de Constantinopla

Fervoroso suplicante por todos vós  diante de Deus.

ESP Mesanje del Indictus 2024

 


† B A R T O L O M É

POR LA MISERICORDIA DE DIOS ARZOBISPO DE CONSTANTINOPLA- NUEVA ROMA Y PATRIARCA ECUMÉNICO

AL PLÉROMA DE LA IGLESIA

GRACIA, PAZ Y MISERICORDIA DEL HACEDOR DE TODA LA CREACIÓN NUESTRO SEÑOR DIOS Y SALVADOR JESUCRISTO

* * *

 

Reverendísimos hermanos Jerarcas y amados hijos en el Señor:

Han pasado ya treinta y cinco años desde que el Santo y Sagrado Sínodo del Patriarcado Ecuménico estableciera el 1 de septiembre, Fiesta de la Indicción y comienzo del año eclesiástico, como Día de Oración por la Protección del Medio Ambiente. Esta bendita iniciativa ha tenido mucho eco y ha producido abundantes frutos. Las actividades ecológicas multidimensionales de la Santa y Gran Iglesia de Cristo se centran hoy en el fenómeno del cambio climático (o más bien de la crisis climática), que ha causado un “estado de emergencia planetaria”.

Apreciamos la contribución de los movimientos medioambientales, los acuerdos internacionales para la protección del medio ambiente, el compromiso con este problema por parte de los científicos, la contribución de la educación medioambiental, la sensibilidad ecológica y la movilización de innumerables personas, sobre todo de las generaciones más jóvenes. Sin embargo, insistimos en que lo que hace falta es un “giro copernicano” axiológico, un cambio radical mundial de mentalidad, una revisión sustancial de la relación entre la humanidad y la naturaleza; de otro modo, seguiremos tratando las consecuencias catastróficas de la crisis ecológica mientras permanecen intactas y activas las raíces del problema.

La amenaza medioambiental es solo un aspecto de la crisis general en que se encuentra la civilización contemporánea. En este sentido, no podemos enfrentarnos con éxito al problema basándonos en los principios de esa misma civilización y en sus razonamientos, que son los que la han causado. En repetidas ocasiones hemos expresado nuestra convicción de que las iglesias y las religiones pueden contribuir de modo significativo a una conversión vital, espiritual y de valores en favor del futuro de la humanidad y del planeta. La fe religiosa genuina disuelve la arrogancia y el titanismo de la humanidad, pues constituye un muro de contención frente a su transformación en un “hombre-dios” que aniquila todo criterio, límite y valor al declararse a mismo “la medida de todas las cosas” e instrumentaliza tanto a suprójimo como a la naturaleza para satisfacer sus insaciables necesidades y sus arbitrarios empeños.

La experiencia de siglos nos enseña que, sin un apoyo espiritual y evaluativo “arquimediano”, la humanidad no puede evitar los riesgos de un “antropologismo” nihilista. Este es el legado del espíritu clásico tal y como lo articuló Platón a través del principio de que “Dios es para nosotros la medida de todas las cosas” (Leyes, IV, 716 C). Esta comprensión de la humanidad y su responsabilidad a través de su relación con Dios se expresa mediante la enseñanza cristiana sobre de la creación de Adán “a imagen y semejanza de Dios” y sobre la asunción de la naturaleza humana por parte del Verbo pre-eterno de Dios para nuestra salvación y la renovación de toda la Creación. La fe cristiana reconoce el valor supremo tanto de de la humanidad como de la creación. En este espíritu, pues, el respeto a la sacralidad de la persona humana y la protección de la integridad de la Creación (que es “muy buena”) son inseparables. La fe en el Dios de la sabiduría y el amor inspira y apuntala las fuerzas creativas de la humanidad, fortaleciéndola frente a los desafíos y las pruebas incluso cuando parece humanamente imposible superarlas.


Nuestros esfuerzos se han dirigido y se siguen dirigiendo a fomentar la colaboración interortodoxa e intercristiana con el fin de proteger a la humanidad y a la Creación, así como a introducir este tema en el diálogo interreligioso y en las acciones comunes de las religiones. Es más, hacemos especial hincapié en la necesidad de comprender que la crisis ecológica contemporánea afecta en primer lugar y sobre todo a los habitantes más pobres de la Tierra. En el documento del Patriarcado Ecuménico titulado “Por la vida del mundo: hacia un espíritu social de la Iglesia ortodoxa”, este tema es subrayado de manera especial junto con la preocupación esencial de la Iglesia a la luz de las consecuencias del cambio climático: “Debemos comprender que servir a nuestro prójimo y conservar el medio natural son dos aspectos conectados de manera íntima e inseparable. Existe un vínculo indisoluble entre nuestro cuidado de la Creación y nuestro servicio al Cuerpo de Cristo, igual que lo hay entre entre las condiciones económicas de los pobres y las condiciones ecológicas del planeta. Los científicos nos dicen que los más perjudicados por la crisis ecológica actual seguirán siendo los que menos tienen. Esto significa que el cambio climático es también una cuestión de bienestar y justicia social” (párrafo 76).

Para concluir os deseamos, honorabilísimos hermanos y queridísimos hijos, un año nuevo eclesiástico lleno de bendiciones divinas y abundante fruto, e invocamos sobre todos vosotros, por la intercesión de la “Panayía Panmakáristos”, cuyo maravilloso y milagroso icono honramos, celebramos y veneramos humildemente en este día, la gracia vivificante y la misericordia sin límites del Creador de todo y Dios de toda maravilla.

 

1 de septiembre de 2024

Bartolomé de Constantinopla

Fervoroso suplicante por todos vosotros ante Dios

Μήνυμα της Ινδίκτου 2024

 




† Β Α Ρ Θ Ο Λ Ο Μ Α Ι Ο Σ

ΕΛΕΩι ΘΕΟΥ ΑΡΧΙΕΠΙΣΚΟΠΟΣ ΚΩΝΣΤΑΝΤΙΝΟΥΠΟΛΕΩΣ

ΝΕΑΣ ΡΩΜΗΣ ΚΑΙ ΟΙΚΟΥΜΕΝΙΚΟΣ ΠΑΤΡΙΑΡΧΗΣ

ΠΑΝΤΙ Τῼ ΠΛΗΡΩΜΑΤΙ ΤΗΣ ΕΚΚΛΗΣΙΑΣ ΧΑΡΙΝ, ΕΙΡΗΝΗΝ ΚΑΙ ΕΛΕΟΣ

ΠΑΡΑ ΤΟΥ ΔΗΜΙΟΥΡΓΟΥ ΠΑΣΗΣ ΤΗΣ ΚΤΙΣΕΩΣ

ΚΥΡΙΟΥ ΚΑΙ ΘΕΟΥ ΚΑΙ ΣΩΤΗΡΟΣ ΗΜΩΝ ΙΗΣΟΥ ΧΡΙΣΤΟΥ

* * *

 

            Τιμιώτατοι ἀδελφοί Ἱεράρχαι καί τέκνα ἐν Κυρίῳ ἀγαπητά,


            Τριακονταπενταετία ὅλη παρῆλθεν ἀπό τῆς καθιερώσεως ὑπό τῆς Ἁγίας καί Ἱερᾶς Συνόδου τοῦ Οἰκουμενικοῦ Πατριαρχείου τῆς 1ης Σεπτεμβρίου, ἑορτῆς τῆς Ἰνδίκτου καί ἐνάρξεως τοῦ ἐκκλησιαστικοῦ ἔτους, ὡς Ἡμέρας προσευχῶν ὑπέρ τῆς προστασίας τοῦ φυσικοῦ περιβάλλοντος. Ἡ εὐλογημένη αὐτή πρωτοβουλία ἔσχε μεγάλην ἀπήχησιν καί ἐκαρποφόρησε πλουσίως. Αἱ πολυδιάστατοι οἰκολογικαί δράσεις τῆς Ἁγίας τοῦ Χριστοῦ Μεγάλης Ἐκκλησίας ἐπικεντρώνονται σήμερον εἰς τό φαινόμενον τῆς κλιματικῆς ἀλλαγῆς, μᾶλλον δέ κρίσεως, τό ὁποῖον ἔχει δημι­ουργήσει μίαν κατάστασιν «πλανητικῆς ἐκτάκτου ἀνάγκης».

            Ἐκτιμῶμεν τήν συμβολήν τῶν οἰκολογικῶν κινημάτων, τάς διεθνεῖς συμφω­νίας διά τό περιβάλλον, τήν ἐνασχόλησιν τῶν ἐπιστημόνων μέ τό πρόβλημα, τήν προσφοράν τῆς περιβαλλοντικῆς ἐκπαιδεύσεως, τήν οἰκολογικήν εὐαισθησίαν καί στράτευσιν ἀναριθμήτων ἀτόμων καί εἰδικώτερον ἐκπροσώπων τῆς νέας γενεᾶς. Ὅμως, ἐπιμένομεν ὅτι ἀπαιτεῖται μία ἀξιολογική «κοπερνίκεια στροφή», μία ριζική ἀλλαγή νοοτροπίας παγκοσμίως, μία οὐσιαστική ἀναθεώρησις τῆς σχέσεως τοῦ ἀνθρώπου μέ τήν φύσιν. Ἄλλως, θά συνεχίσωμεν νά θεραπεύωμεν τάς καταστρο­φικάς ἐπιπτώσεις τῆς οἰκολογικῆς κρίσεως, μέ ἀθίκτους καί ἐνεργούς τάς ρίζας τοῦ προβλήματος.

            Ἡ περιβαλλοντική ἀπειλή εἶναι μία διάστασις τῆς ἐκτεταμένης κρίσεως τοῦ συγχρόνου πολιτισμοῦ. Ἐν τῆ ἐννοίᾳ ταύτῃ, ἡ ἀντιμετώπισις τοῦ προβλήματος δέν εἶναι δυνατόν νά δοθῇ ἐπί τῇ βάσει τῶν ἀρχῶν αὐτοῦ τοῦ πολιτισμοῦ, τῆς λογικῆς δηλαδή ἡ ὁποία τό ἐδημιούργησε. Ἔχομεν ἐκφράσει κατ᾿ ἐπανάληψιν τήν πεποί­θησίν μας ὅτι εἰς τήν ζωτικήν διά τό μέλλον τῆς ἀνθρωπότητος καί τοῦ πλανήτου μας πνευματικήν καί ἀξιολογικήν μεταστροφήν δύνανται νά συμβάλουν μεγάλως αἱ Ἐκκλησίαι καί αἱ θρησκεῖαι. Ἡ γνησία θρησκευτική πίστις καταλύει τήν ἀλαζο­νείαν καί τόν τιτανισμόν τοῦ ἀνθρώπου, ἀποτελεῖ ἀνάχωμα εἰς τήν μετα­τροπήν του εἰς «ἀνθρωποθεόν», ὁ ὁποῖος καταργεῖ μέτρα, ὅρια καί ἀξίας, αὐτοανα­γορεύεται εἰς «πάντων μέτρον», ἐργαλειοποιεῖ τόν συνάνθρωπον καί τήν φύσιν διά τήν ἱκανο­ποίησιν τῶν ἀκορέστων ἀναγκῶν καί τῶν αὐθαιρέτων ἐπιδιώξεών του.

Ἡ πεῖρα τῶν αἰώνων διδάσκει ὅτι, ἄνευ ἑνός «ἀρχιμηδείου» πνευματικοῦ καί ἀξιολογικοῦ στηρίγματος, ἡ ἀνθρωπότης ἀδυνατεῖ νά ἀποφύγῃ τούς κινδύνους ἑνός μηδενιστικοῦ «ἀνθρωπολογισμοῦ». Αὐτή εἶναι ἡ παρακαταθήκη τοῦ ἀρχαίου πνεύματος, ὅπως διετυπώθη ὑπό τοῦ Πλάτωνος διά τῆς ἀρχῆς «Θεός ἡμῖν πάντων χρημάτων μέτρον» (Νόμοι 716c). Ἡ κατανόησις τοῦ ἀνθρώπου καί τῆς εὐθύνης του μέσα ἀπό τήν σχέσιν του μέ τόν Θεόν ἐκφράζεται διά τῆς χριστιανικῆς διδασκαλίας περί τῆς δημιουργίας τοῦ ἀνθρώπου «κατ᾿ εἰκόνα Θεοῦ» καί «καθ᾿ ὁμοίωσιν» Αὐτῷ, καθώς καί περί τῆς προσλήψεως τῆς ἀνθρωπίνης φύσεως ὑπό τοῦ σαρκωθέντος διά τήν σωτηρίαν τοῦ ἀνθρώπου καί ἀνακαίνισιν τῆς ὅλης δημιουργίας προαιωνίου Λόγου τοῦ Θεοῦ. Ἡ χριστιανική πίστις ἀναγνωρίζει ὑψίστην ἀξίαν τόσον εἰς τόν ἄνθρωπον, ὅσον καί εἰς τήν κτίσιν. Ἐν τῷ πνεύματι τούτῳ, ὁ σεβασμός τῆς ἱερότητος τοῦ ἀνθρωπίνου προσώπου καί ἡ προστασία τῆς ἀκεραιότητος τῆς καλῆς λίαν δημιουργίας εἶναι ἀδιαίρετοι. Ἡ πίστις εἰς τόν Θεόν τῆς σοφίας καί τῆς ἀγάπης ἐμπνέει καί στηρίζει τάς δημιουργικάς δυνάμεις τοῦ ἀνθρώπου, τόν ἐνδυναμώνει ἐνώπιον τῶν προκλήσεων καί τῶν δυσκολιῶν, ἀκόμη καί ὅταν ἡ ὑπέρβασίς των ἐμφανίζεται κατ᾿ ἄνθρωπον ὡς ἀνέφικτος.

Ἠγωνίσθημεν καί ἀγωνιζόμεθα διά τήν διορθόδοξον καί διαχριστιανικήν συνεργασίαν διά τήν προστασίαν τοῦ ἀνθρώπου καί τῆς κτίσεως καί διά τήν ἔνταξιν τῆς θεματικῆς αὐτῆς εἰς τόν διαθρησκειακόν διάλογον καί τάς κοινάς δράσεις τῶν θρησκειῶν. Τονίζομεν δέ ἰδιαιτέρως τήν ἀνάγκην νά κατανοηθῇ ὅτι ἡ σύγχρονος οἰκολογική κρίσις πλήττει πρωτίστως καί ἐντονώτερον τούς πτωχοτέρους κατοίκους τῆς γῆς. Εἰς τό κείμενον τοῦ Οἰκουμενικοῦ Πατριαρχείου «῾Ὑπέρ τῆς τοῦ κόσμου ζωῆς᾽. Τό κοινωνικόν ἦθος τῆς Ὀρθοδόξου Ἐκκλησίας» ὑπογραμμίζεται μετ᾿ ἐμφά­σεως τό θέμα αὐτό καί ἡ ἀναγκαία μέριμνα τῆς Ἐκκλησίας ἐνώπιον τῶν ἐπιπτώσεων τῆς κλιματικῆς ἀλλαγῆς: «Πρέπει νά κατανοήσουμε ὅτι ἡ διακονία τοῦ πλησίον καί ἡ διαφύλαξη τοῦ φυσικοῦ περιβάλλοντος εἶναι ἄρρηκτα συνδεδεμένες. Παρόμοια ἄρρηκτα συνδεδεμένες μεταξύ τους εἶναι καί ἡ φροντίδα μας γιά τή δημιουργία καί ἡ διακονία μας πρός τά μέλη τοῦ σώματος τοῦ Χριστοῦ, ὅπως εἶναι ἀλληλένδετες καί οἱ οἰκονομικές συνθῆκες τῶν φτωχῶν μέ τίς οἰκονομικές συνθῆκες τοῦ πλανήτη. Οἱ ἐπιστήμονες μᾶς λένε ὅτι ἐκεῖνοι πού ἔχουν πληγεῖ περισσότερο ἀπό τήν τρέχουσα οἰκολογική κρίση εἶναι καί θά εἶναι ὅσοι κατέχουν ἐλάχιστα. Ἐπομένως, τό πρόβλημα τῆς κλιματικῆς ἀλλαγῆς ἀποτελεῖ καί ζήτημα κοινωνικῆς πρόνοιας καί κοινωνικῆς δικαιοσύνης» (§ 76).

Περαίνοντες τόν λόγον, εὐχόμεθα πρός ὑμᾶς, τιμιώτατοι ἀδελφοί καί προσφιλέστατα τέκνα, πλήρη θείων εὐλογιῶν καί καλλίκαρπον τόν νέον ἐκκλη­σιαστικόν ἐνιαυτόν, ἐπικαλούμενοι ἐπί πάντας ὑμᾶς, μεσιτείᾳ τῆς Παναγίας τῆς Παμ­μακαρίστου, τήν θαυμαστήν καί θαυματουργόν εἰκόνα τῆς ὁποίας τιμῶμεν σήμε­ρον ἑορτίως καί ταπεινοφρόνως κατασπαζόμεθα, τήν ζωήρυτον χάριν καί τό ἀμέτρητον ἔλεος τοῦ Κτίστου τῶν ἁπάντων καί Θεοῦ τῶν θαυμασίων. 

 ,βκδ’ Σεπτεμβρίου α’

Ὁ Κωνσταντινουπόλεως

διάπυρος πρός Θεόν εὐχέτης πάντων ὑμῶν