Páginas

lunes, 11 de abril de 2016

Entrevista sobre a visita do Papa de Roma e o Patriarca Ecuménico a Lesbos


Intensos os preparativos na Ilha grega de Lesbos, onde no próximo 16 de abril, o Papa Francisco (de Roma), o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I e o Primaz da Igreja Ortodoxa grega, Ieronymus II, encontrarão os refugiados que fogem, sobretudo, das violências no Oriente Médio. A Rádio Vaticano entrevistou a este respeito o Metropolita Ortodoxo Gennadios Zervos, Arcebispo do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla na Itália e em Malta:

“É uma ocasião extraordinária, feliz, cristã e humana, para demonstrar o amor por cada ser humano que é ícone de Deus. A presença do Papa e do Patriarca Bartolomeu na Grécia, convidados por Sua Beatitude o Primaz da Grécia Ieronymus, é realmente um acontecimento histórico, pois nunca havia acontecido anteriormente. Podemos dizer: “Graças a Deus” e esperar, cheios de esperança e de alegria, este acontecimento”.

RV: Um sinal de um caminho concreto em direção á unidade, também em relação aos mais necessitados…

“É realmente um grande pecado contra Deus ver tantas pessoas que vivem esta trágica situação. São nossos irmãos e não devemos deixar que permaneçam nestas dificuldades. Devemos, ao invés disto, todos unidos em um só corpo e uma só alma, salvá-los. Rezamos continuamente: rezamos pela missão do Papa Francisco e rezamos pelo nosso Patriarca Ecumênico Bartolomeu. Eles nos mostram o que nós, fieis, devemos fazer. Traçam um caminho, uma luz em direção a estes nossos irmãos que sofrem e têm necessidade de nossa ajuda e de nosso amor”.

RV: A palavra desta viagem, declinada em tantas valências e significados, parece resumir-se na palavra “encontro”….

“Acredito que este seja um encontro verdadeiramente humano, pastoral, espiritual, eclesiástico, que ajuda muito os cristãos a entender onde ir e quem seguir. Porque muito políticos e tantos outros falam de quem tem as culpas, mas não fazem nada por nossos irmãos, que são a presença de Deus que sofre. Ao invés disto, o compromisso deve ser o de ajudar os refugiados. É nosso dever e todos devemos ser sensibilizados quanto a isto para que cesse este momento trágico da humanidade”.

RV: A palavra de ordem, portanto, é “ação”…

“Não devemos somente falar, permanecer nesta confusão, neste caos, devemos agir. Quando somente falamos e não somos “operários” deste amor de Deus, que quer que sejamos próximos a estas pessoas que sofrem, o resultado é nada”.

RV: O senhor disse: “Grande é a alegria por esta presença na ilha” no próximo 16 de abril…

“O Patriarca Bartolomeu e o Papa Francisco são a nossa alegria. Como Nossa Senhora para a nossa humanidade disse “sim” ao Arcanjo Gabriel, na Anunciação, do mesmo modo também eles disseram: “Sim, devemos ir até lá, porque devemos sensibilizar a todos, para fazer entender que é um grande pecado somente discutir e não agir em favor destes nossos irmãos que sofrem e que têm necessidade de nossa ajuda para viver”. (JE)


Fuente: Rádio Vaticano, através de www.ecclesia.com.br