25 March 2016
In the name of the Father, the Son and the Holy Spirit.
“Be it unto me according to Thy word”. These are the words that Mary utters in response to the perplexing greeting of the Archangel Gabriel. Mary is an unmarried virgin, engaged to Joseph, confronted suddenly by this visitation of God in the form of a winged angel. The angel is God's messenger, utterly unlike the kind of sugary, sentimental image we may bring away from a Christmas card. The poet Rilke reminds us correctly that “every angel is terrifying”. Mary asks how such a thing may come to pass, since she knows not a man, and the angel explains that she will be overcome by the Holy Spirit in order to bear the Son of God.
How many would respond in such a situation, “Be it unto me according to Thy word”? How many would say “yes”? But it is precisely Mary's intuitive understanding of what is happening that enables her to respond in this way. Initially awestruck, she is told by Gabriel not to be afraid, and informed of God's plan for her and consequently, for mankind, of her role in the history of salvation. Nothing, he says, is impossible with God. To this cosmic plan she assents. And in that moment of assent, a window opens that transforms the world. It is a window through which God enters in the most literal way possible into the fallen world. God is incarnate in the womb of the Virgin, and becomes man. In Christ, God and man are simultaneously and completely present, which is why Mary, the Mother of God, is a perfectly normal human being. Christ is thereby both fully God and fully man, subject to the same temptations that we are. Only Christ, however, remains sinless in the face of these temptations. What sets Mary apart is her complete acceptance of God's message, her “yes” – “Be it unto me according to Thy word”. She is completely aware of her unworthiness, but trusts in God's plan for her and rejoices in it, and it is upon that “yes” that the course of the universe turns.
Let us also not be afraid. Let us be attentive to those moments in which an angel of God visits us, in which a window opens and we have an opportunity to fulfil our role in the divine economy. Those moments are certainly more frequent than we realize. Let us, like Mary, not only accept God's word, but rejoice in it wholeheartedly, for nothing is impossible with God.
Amen.
25 de Março de 2016
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
“Seja feito em mim segundo a Tua palavra”. Estas são as palavras de Maria em resposta à saudação desconcertante do Arcanjo Gabriel. Maria é uma virgem não casada, prometida a José, confrontada repentinamente com esta visitação de Deus sob a forma de um anjo alado. O anjo é o mensageiro de Deus, totalmente diferente do tipo de imagem adocicada, sentimental, que podemos ver em postais de Natal. O poeta Rilka lembra-nos correctamente que “cada anjo é aterrador”. Maria pergunta como tal coisa pode vir a acontecer, pois não conhece varão, e o anjo responde que será visitada pelo Espírito Santo para dar à luz ao Filho de Deus.
Quantos responderiam numa tal situação, “Seja feito em mim segundo a Tua palavra”? Quantos diriam “sim”? Mas é precisamente a compreensão intuitiva de Maria do que se está a passar que a torna capaz de responder desta maneira. Ela está inicialmente apavorada, mas Gabriel diz-lhe que não tenha medo, e informa-a do plano que Deus tem para ela e, consequentemente, para os homens. A este plano cósmico ela dá o seu consentimento. E nesse momento de consentimento, abre-se uma janela que transforma o mundo. É uma janela através da qual Deus entra da forma mais literal possível dentro do mundo caído. Deus encarna no seio da Virgem e faz-se homem. Em Cristo, Deus e homem estão simultaneamente e completamente presentes, e é por isso que Maria, a Mãe de Deus, é um ser humano perfeitamente normal. Cristo é portanto plenamente Deus e plenamente homem, sujeito às mesmas tentações que nós. Porém, só Cristo permanece sem pecado perante estas tentações. O que diferencia Maria é a sua aceitação completa da mensagem de Deus, o seu “sim” - “Seja feito em mim segundo a Tua palavra”. Está completamente consciente da sua indignidade, mas confia no plano de Deus para ela e rejubila no mesmo, e é sobre esse “sim” que gira o curso do universo.
Não temamos então. Estejamos atentos àqueles momentos em que somos visitados por um anjo de Deus, em que se abre uma janela e temos uma oportunidade para cumprir o nosso papel na economia divina. Esses momentos são certamente mais frequentes do que nos apercebemos. Que possamos, como Maria, não só aceitar a palavra de Deus, mas rejubilar nela de pleno coração, pois com Deus nada é impossível.
Amen.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
“Seja feito em mim segundo a Tua palavra”. Estas são as palavras de Maria em resposta à saudação desconcertante do Arcanjo Gabriel. Maria é uma virgem não casada, prometida a José, confrontada repentinamente com esta visitação de Deus sob a forma de um anjo alado. O anjo é o mensageiro de Deus, totalmente diferente do tipo de imagem adocicada, sentimental, que podemos ver em postais de Natal. O poeta Rilka lembra-nos correctamente que “cada anjo é aterrador”. Maria pergunta como tal coisa pode vir a acontecer, pois não conhece varão, e o anjo responde que será visitada pelo Espírito Santo para dar à luz ao Filho de Deus.
Quantos responderiam numa tal situação, “Seja feito em mim segundo a Tua palavra”? Quantos diriam “sim”? Mas é precisamente a compreensão intuitiva de Maria do que se está a passar que a torna capaz de responder desta maneira. Ela está inicialmente apavorada, mas Gabriel diz-lhe que não tenha medo, e informa-a do plano que Deus tem para ela e, consequentemente, para os homens. A este plano cósmico ela dá o seu consentimento. E nesse momento de consentimento, abre-se uma janela que transforma o mundo. É uma janela através da qual Deus entra da forma mais literal possível dentro do mundo caído. Deus encarna no seio da Virgem e faz-se homem. Em Cristo, Deus e homem estão simultaneamente e completamente presentes, e é por isso que Maria, a Mãe de Deus, é um ser humano perfeitamente normal. Cristo é portanto plenamente Deus e plenamente homem, sujeito às mesmas tentações que nós. Porém, só Cristo permanece sem pecado perante estas tentações. O que diferencia Maria é a sua aceitação completa da mensagem de Deus, o seu “sim” - “Seja feito em mim segundo a Tua palavra”. Está completamente consciente da sua indignidade, mas confia no plano de Deus para ela e rejubila no mesmo, e é sobre esse “sim” que gira o curso do universo.
Não temamos então. Estejamos atentos àqueles momentos em que somos visitados por um anjo de Deus, em que se abre uma janela e temos uma oportunidade para cumprir o nosso papel na economia divina. Esses momentos são certamente mais frequentes do que nos apercebemos. Que possamos, como Maria, não só aceitar a palavra de Deus, mas rejubilar nela de pleno coração, pois com Deus nada é impossível.
Amen.
